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Dina Martins

Uma são-brasense por terras de Singapura

Venha connosco conhecer os são-brasenses, espalhados pelos 5 continentes!

 

 

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Na terceira etapa da nossa viagem, vamos até Singapura, para conhecer Dina Martins, uma são-brasense com veia artística e um espírito de aventura que a tem levado a correr mundo.

 

Multimédia1Natural de Machados, Dina recorda os tempos do ensino primário na Barracha e o primeiro ciclo no Externato de São Brás de Alportel. Tinha especial gosto pelas artes e pela moda, e no final da década de 90, rumou a Lisboa para entrar no curso superior de arquitetura.

Em 1999, viaja com a irmã até à Austrália, onde têm familiares. Um momento que a marcou e em que percebeu que a ideia de conhecer outros países, culturas e formas de vida a entusiasmava.

Durante o tempo em que viveu em terras alfacinhas estudou e trabalhou. Foi na capital que conheceu o marido, um jovem nascido na África do Sul.

Em 2007, o marido vai trabalhar para a Google, em Dublin, na Irlanda. Dina chega à Irlanda seis meses depois e começa a trabalhar numa multinacional que alugava escritórios a outras empresas.

O plano era ficar em Dublin durante dois ou três anos e depois regressar a Portugal. Contudo, começaram a gostar de viver lá. Ali viveram durante os 9 anos e meio e viram a família cresceu com o nascimento dos seus primeiros dois filhos.

Dina recorda os irlandeses como um povo muito afável, mas reservado.

A vocação artística volta a ganhar voz e Dina frequentou um curso de Design de Interiores e já depois do nascimento do segundo filho ingressa num curso de ilustração para livros infantis. Dina conta que este último curso ficou por terminar porque, entretanto, a família embarca numa nova aventura.

Conhecer o mundo fazia parte dos planos do casal que já tinha ponderado a mudança ou para Singapura ou para Nova Iorque. Em 2017, o marido Nuno aceita o convite para trabalhar na Singapura. Dina conta que a sua mãe é timorense e que tem uma irmã que está a viver em Timor. Aceitar a mudança para Singapura significava assim o poder estar mais próxima da família, conhecer o país natal da mãe e uma oportunidade interessante para conhecer a Ásia.

Após a mudança veio a adaptação. Dina revela que a sociedade singapurense é muito focada na família. Um país caro, muito seguro, com um clima muito quente e húmido e com uma comunidade simpática, mas não afável, explica-nos Dina, sempre com um sorriso no rosto.

A fase de adaptação coincidiu com a gravidez do terceiro filho e Dina admite que o elevado grau de humidade lhe esgotava as energias. “Os sistemas burocrático e de saúde funcionam muito bem”, observa.

Multimédia2Atualmente, a família vive num condomínio fechado e em Singapura é comum serem dinamizadas aulas particulares para grupos de crianças dos condomínios. No verão de 2017, incentivada pelo marido, enviou uma mensagem por whatsapp para os vizinhos a disponibilizar-se para dar aulas de desenho.

Começaram a surgir muitas inscrições e até foi recomendada para dar aulas em outros condomínios.

O gosto que sempre nutriu pela moda continua bem vivo. Talvez seja uma “herança” da avó que era modista, explica acrescentando que mais recentemente começou a ter aulas de costura.

Estar mais próxima da irmã foi um dos fatores positivos que levaram à mudança para Singapura, mas a pandemia veio complicar as visitas. Antes de 2019, as irmãs juntavam-se a cada três meses e Dina conta que a última vez que viu a irmã e a família pessoalmente foi em agosto de 2019 quando vieram a Portugal.

O espírito aventureiro levou Dina a fazer a meia maratona! “Fiz a meia maratona cá! Com a pandemia comecei a correr e a treinar para a meia-maratona e como não aconteceu decidi fazer sozinha. Era um pequeno objetivo que queria completar e consegui!”

 

 

"Portugal é a nossa casa"

 

Admitindo que ainda não sabe quais serão os próximos passos nesta viagem da vida, confessa-nos que a intenção é regressar a Portugal. “Portugal é a nossa casa”, garante.

As saudades são muitas e a ligação com São Brás de Alportel e com a família e amigos é mantida através de videochamadas quase diárias, através das redes sociais. Dina conta que com o início da pandemia começou a seguir o perfil do Município no Facebook. “É uma oportunidade de seguir o nosso concelho”, comenta confessando que aderiu ao grupo São Brás de Alportel * Memórias e que está a gostar de acompanhar este grupo.Outra das formas que têm para matar as saudades passa por confecionar receitas portuguesas em casa e agora têm um restaurante português perto de casa onde podem comer e onde podem também encomendar ingredientes típicos portugueses que não são fáceis de encontrar nos mercados locais. Já vão encontrando locais onde podem comer pastéis de nata, mas Dina diz que não têm o mesmo sabor e por isso sempre que aterram em Portugal a primeira coisa que fazem é pedir um pastel de nata e um café.

 

 

 


 

Viaje pelo mundo à descoberta dos são-brasenses, em www.cm-sbras.pt

 

Texto: Sofia Silva – Gabinete de comunicação / Coordenação: Marlene Guerreiro

Caso deseje participar nesta iniciativa, contacte-nos: 289 840 019 / municipe@cm-sbras.pt