Site Autárquico São Brás de Alportel

Orlando Gonçalves

Um são-brasense perdido no Sri Lanka… por amor!

Venha connosco conhecer os são-brasenses, espalhados pelos 5 continentes!

  

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Nesta segunda etapa da nossa viagem pelo mundo, damos a conhecer um jovem aventureiro, que por amor, segue à descoberta do mundo. A pandemia deixou o cativo num continente distante, onde transformou um desafio em oportunidade!

 

Orlando cresceu em São Brás de Alportel e confessa que olhando para trás, a possibilidade de crescer numa vila recheada de cultura e tradições em que o contacto com a natureza era constante foi muito positivo.Depois de se formar em Tecnologias de informática no ensino secundário, aos 21 anos sentia-se estagnado e ao convite de um amigo inglês para tentar sorte em Inglaterra deu um sim imediato.“Foi uma aventura incrível que me tirou da zona de conforto e me ensinou bastante sobre trabalho árduo e humildade”, conta, acrescentando que dois anos mais tarde regressou a Portugal onde descobriu a sua Multimédia1vocação para programador web e começou a sua carreira.

O furacão Duong PhamHá cerca de cinco anos, começou a oferecer o sofá de casa numa plataforma online de couchsurfing a turistas aventureiros que faziam turismo de mochila. Nunca lhe passou pela cabeça que essa experiência lhe ia mudar a vida. É quando abriu as portas de sua casa a Duong Pham, uma jovem vietnamita, abriu também as portas a uma bonita história de amor que está a correr mundo!“Ela é um furacão que me apanhou!”, comenta em entrevista via zoom rodeado por uma paisagem paradisíaca enquanto a esposa passa por nós e nos cumprimenta.Há quatro anos, o espírito aventureiro e a busca pelo sucesso profissional levaram-no novamente a sair do país. Desta vez, acompanhado por Duong Pham rumou a Estocolmo, na Suécia, onde encontrou novas oportunidades e criou uma empresa (star-up) e onde acabaram por casar.“Como cidadão português tive a sorte de pertencer a esta união de países chamada Europa que abre as portas a qualquer pessoa com sentido de aventura. O facto de ser cidadão europeu e saber falar inglês, faz com que praticamente não existam obstáculos”, explica.A empresa terminou quando não conseguiu atingir as metas pretendidas pelos investidores, mas Orlando garante que foi uma experiência incrível e intensa.A precisar acalmar o ritmo e carregar baterias, em dezembro de 2019 rumam até ao Vietname onde iriam estar com a família da esposa até fevereiro altura em que se celebram a passagem do ano lunar.

Passado esse período, decidem passar um mês no Sri Lanka onde acabaram por ficar confinados por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus COVID-19. Orlando conta que durante 2 meses e meio ficaram a viver com uma instrutora de ioga que tinham conhecido ao frequentar as suas aulas. Uma senhora muito hospitaleira que além de lhes proporcionar uma espécie de retiro intenso de meditação e ioga também lhes ensinou a preparar receitas típicas do Sri Lanka.Entretanto, Orlando conseguiu trabalho na sua área numa empresa sueca com a qual está a trabalhar em teletrabalho a partir do Sri Lanka. Situação interessante porque o rendimento obtido na Suécia rende muito mais no Sri Lanka que, entretanto, tem estado a descobrir com a esposa. Uma descoberta também mais em conta uma vez que os hotéis da zona que perderam o volume turístico habitual começaram a cobrar ao mês o valor que costumavam cobrar por uma noite.

  

“Muitas vezes tenho saudades das coisas pequenas como o cheiro da flor da laranjeira, os figos secos recheados com amêndoa, o azeite, as ameixas da terra da minha avó…”

  

Este são-brasense do mundo que costumava voltar a casa entre a primavera e o verão ou no Natal, diz que agora mata as saudades de casa através da comunicação social e das redes sociais.

“Muitas vezes tenho saudades das coisas pequenas como o cheiro da flor da laranjeira, os figos secos recheados com amêndoa, o azeite, as ameixas da terra da minha avó e como é óbvio as saudades da família e dos amigos. Tenho também saudades da nossa maneira de desfrutar a vida tão típica da cultura mediterrânica”, revela acrescentando que os familiares que permanecem em Portugal e os restantes que estão nos EUA aguardam a melhoria da pandemia para marcar uma reunião familiar presencial para matar saudades e conviver!

 

 

"somos quase mestres de como viver a vida"

  Multimédia2Aliás, dar valor a este modo de saber viver foi uma das aprendizagens que disse ter obtido com as suas vivências pelo mundo. “Damos muito valor ao que é de fora. Os outros fazem melhor que nós. Mas ao estar fora e ver como as coisas funcionam, e há coisas que funciona muito bem, percebemos que somos quase mestres de como viver a vida”, comenta referindo que tem conhecido pessoas com muitas posses ou poder que não sabem viver, desfrutar a vida.Se até ao 2019 estava muito focado no sucesso e na carreira profissional confessa que esta experiência o marcou muito e que ainda que não se veja a ficar a morar no Sri Lanka tem vindo a pensar nos próximos passos.Um dos planos é fazer a viagem mais longa do mundo que se pode fazer em comboio e que faz a ligação, curiosamente, entre Portugal e o Vietname!

 

Curiosidades sobre o Sri Lanka destacadas por Orlando Gonçalves:

- Ainda há pessoas a falar português nesta antiga colónia portuguesa que no século XVI se chamava Ceilão. - “Baila” é um dos estilos musicais tradicionais do Sri Lanka e é muito parecido à música folclore portuguesa;- “da Silva” é um dos apelidos mais comuns no Sri Lanka assim como os nomes Fernando e Dias.

 

 

 


 

Viaje pelo mundo à descoberta dos são-brasenses, em www.cm-sbras.pt

 

Texto: Sofia Silva – Gabinete de comunicação / Coordenação: Marlene Guerreiro

Caso deseje participar nesta iniciativa, contacte-nos: 289 840 019 / municipe@cm-sbras.pt