
Nesta edição damos a conhecer Andrea Moura, mais um bom exemplo de integração na comunidade de São Brás de Alportel.
Andrea Moura nasceu na cidade de Monte Grande, na província argentina de Buenos Aires no final da década de 70. Foi lá que cresceu e começou o curso de psicologia.
Os pais nasceram na Argentina, mas são filhos de portugueses. Em 2000 Andrea e os pais viajam até Loulé para conhecer os familiares.
No ano seguinte regressa sozinha na altura do Carnaval. “Tinham-me falado muito bem de tal época e acabei por ficar até hoje. Já lá vão 20 anos”, explica. Nunca mais voltou para a Argentina.
“Meus amigos argentinos simplesmente respeitam a minha decisão e alguns já puderam vir visitar-me o que facilitou o entendimento de tal decisão”, observa apontando que passados alguns meses os pais também decidiram vir morar para Portugal.
Começou por viver em Loulé onde trabalhava durante o dia e estudava psicologia à noite, com o objetivo de concluir o curso que tinha iniciado na sua terra natal.
Foi empregada de mesa, trabalhadora agrícola, administrativa, empregada de balcão, formadora, artesã e massagista.
Por volta de 2002, começa a procurar casa com o namorado, atual marido, e foi nesse momento que conheceu São Brás de Alportel onde mora desde então no Centro Histórico.
Atualmente, trabalha com o marido na manutenção de jardins e tem um blog e um perfil de Facebook onde partilha vídeos, reflexões, ideias e textos sobre diversos temas na área do desenvolvimento pessoal, do pensamento positivo, motivação, poder pessoal, entre outros temas. O objetivo é simples: “voltar à minha paixão que são as pessoas, assim como facilitar meditações e relaxamentos, dando sempre prioridade à troca e partilha de experiências e saberes entre as pessoas que se interessam pelo “descobrimento do ser”. Em conjunto com um amigo, está também a preparar um seminário sobre a abundância.
“Com o passar dos anos fui-me integrando cada vez mais. Dou-me bem com todas as pessoas que conheço”, observa.
Em São Brás de Alportel sente falta de estacionamento na zona histórica e lamenta o estado degradado de algumas casas e ruas. “Gostava que houvesse menos sentimento de impunidade e que nós cidadãos nos sentíssemos cada vez mais seguros, sobretudo quando temos famílias e nos preocupamos pelo seu bem-estar”, acrescenta.
Destaca como positiva a proximidade entre os munícipes e os representantes públicos. “Gosto da simplicidade entre as pessoas. Todos se conhecem e fazem-nos sentir um pouco mais como parte da família, e isso é importante quando somos de fora e quando procuramos um lugar para viver e formar família”, sublinha apontando também como positiva a organização de muitas atividades para crianças e jovens.
São Brás de Alportel, Janeiro de 2022
Espaço da responsabilidade do Município de São Brás de Alportel, sob coordenação do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes, localizado no Centro de Apoio à Comunidade
Texto: Sofia Silva
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