Dia 22 maio | segunda-feira | 19h15 | São Brás Cineteatro Jaime Pinto
Género: Drama | M14 | Ano: 2023 | 124 min
Título Original: Viver Mal; Realização: João Canijo; Argumento: João Canijo; Fotografia: Leonor Teles; Som: Tiago Raposinho; Montagem: João Braz; Direcção artística: Nádia Henriques; Produção: Pedro Borges, François d'Artemare; Intérpretes: Nuno Lopes, Filipa Areosa, Leonor Silveira; P.O.: Portugal, França; V.O.: pt;
Sinopse:
Um hotel junto à costa norte de Portugal, acolhe os seus clientes, num fim de semana. Um homem vive dividido entre a atenção a dar à sua mulher e o espaço que ocupa a sua mãe no meio deles. Uma mãe promove o casamento da filha para facilitar a sua relação amorosa com o genro. Outra mãe vive através da filha, impedindo-a de tomar as suas próprias decisões. Três núcleos familiares em final de ciclo de aceitação. Midas Filmes Nota de Intenções:Viver Mal é um espelho do filme Mal Viver. Num espelho a imagem reflectida é invertida, neste filme a imagem mostra o que só pode ser imaginado no outro filme: os clientes do Hotel que são só sombras e vultos fugazes, em aparições muito fragmentadas, no primeiro filme, passam a ser os protagonistas. E a família do Hotel, protagonista do outro filme, passa a ser sombra e vulto fugaz, em aparições fragmentadas, que perturbam a narrativa das histórias dos clientes neste.A vida e os dramas da família do Hotel são vislumbradas em fragmentos perturbadores, estes fragmentos estimulam a imaginação do espectador e ao mesmo tempo acrescentam dimensão dramática aos personagens dos clientes, que deixam de estar isolados para passarem e viver num mundo com outras pessoas e em que podem ser observados.Viver Mal mostra outro ponto de vista sobre o mesmo tempo e o mesmo espaço, em que um ponto de vista mostra os dramas de que o outro só deixa vislumbrar fragmentos. João Canijo
Sobre Strindberg:Se houve alguém que tenha tratado obsessivamente o egotismo, como causa de viver mal consigo mesmo e com os outros, foi August Strindberg. Por isso a escolha natural de inspirar as histórias do clientes do Hotel em peças de Strindberg que são exemplo paradigmático de diferentes formas de egotismo. Foram selecionadas três peças: Brincar com o Fogo, um marido que não se compromete na relação com a mulher, mas quando sente que a pode perder também percebe que afinal a ama; O Pelicano, uma mãe dominadora e egoísta que chega ao ponto de promover o casamento da filha para facilitar a sua relação amorosa com o marido dela; Amor de Mãe, outra mãe que projecta de tal maneira a sua vida no futuro da filha que a impede de viver um grande amor. As peças só serviram de inspiração, não se trata de adaptações directas das mesmas, trata-se de as usar livremente como mote para uma reescrita totalmente reformulada e colocada no nosso tempo. João Canijo
Org.: Cinemalua – Associação Cultural e Município de São Brás de Alportel | Apoiado pela Direção Regional da Cultura do Algarve
