Site Autárquico São Brás de Alportel

Azenha da Mesquita

Utilizadas para moagem dos cereais, as azenhas utilizam a impulsão da água corrente, de ribeiras ou de riachos, como força motriz. A passagem da água faz mover rodízios de madeira que estão ligados a uma mó, utilizada para moer o cereal, transformando-o em farinha.

A água é encaminhada por uma levada, como ainda se pode ver no caso desta Azenha da Mesquita, de forma a ficar num plano mais elevado que o edifício, depois é despejada num canal vertical, que a afunila e conduz, para que o jato incida nas penas do rodizio, provocando-lhe um movimento giratório, transmitido por um veio à mó andadeira.

O funcionamento dos engenhos dependia essencialmente da regularidade das chuvas e por isso ocorria sobretudo entre Novembro e Abril de cada ano, período em que, nos meados do século XX, se podia farinar 24 horas por dia, se houvesse pão para isso, ressalvados os tempos da picagem das pedras ou de uma ou outra avaria. Mas anos havia, como contam os mais antigos, que as chuvas começavam em Setembro, o que permitia começar a laborar logo em Outubro!

Desconhece-se a data de construção da Azenha da Mesquita, mas sabe-se, no entanto, que estes engenhos são mais antigos do que os moinhos de vento, constituindo uma herança do período islâmico (do árabe “acenia”). Os primeiros registos da sua utilização datam do século X, o que atesta a sua antiguidade e o importante papel que desempenharam, como elementos do valioso património tecnológico.

Recentemente, a Câmara Municipal, com a colaboração dos proprietários, procedeu à requalificação deste espaço, sendo possível realizar visitas pedagógicas e turísticas.

Para visitas contacte- nos através do tel. 289 840 004/210 ou turismo@cm-sbras.pt

 

Informação da responsabilidade de Angelina Pereira – Gabinete Municipal de Arqueologia

Mais informações: http://www.cm-sbras.pt e http://www.calcadinha.cm-sbras.pt